segunda-feira, julho 24, 2006


No dia 25 de Julho, terça-feira, pelas 18.30, terá lugar, na Galeria Sargadelos, a apresentação do livro O Teatro n`A Paródia de Rafael Bordalo Pinheiro, de Maria Virgílio Cambraia Lopes. A referida obra, editada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, constitui a tese de doutoramento da autora, Mestre em Estudos de Teatro, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, investigadora do Centro de Estudos de Teatro (FACFUL, Lisboa) e professora na ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto).

Participou em publicações internacionais, sendo autora de diversos estudos, entre os quais se destacam “De la Théâtrailité dans l`humour graphique. Les caricatures de Rafael Bordalo Pinheiro”(Paris, 2006) e “On the trail of Theatre and caricature: metamorphosis and criativity” (4th Athens Internacional Theatre Education Conference, 2005)

http://www.incm.pt/

segunda-feira, julho 17, 2006


Polaroid, Suso de Toro, Xerais
Libro grotesco, absurdo, desmistificador, burlón, innovador, crítico, diferente, hilariante, provocador, divertimento, realismo sucio, novela costumista...son alguns dos contradictorios calificativos que recibiu no seu momento.
(...)o proprio Suso de Toro calificouno como "estalido de furia inspirado polo punk".
Polaroid recibiu o Premio da Crítica Galicia en 1987. Hoxe é, sen dúbida, un referente inevitable das nosas letras. (Da contracapa de Polaroid)
O Comedor de Patacas, Manuel Rivas, Xerais
O protagonista de Os Comedores de Patacas é Sam, un adolescente enganchado na droga que habita nos lindes da delincuencia. A vida de Sam, retratada desde o profundo lirismo e a poesia intima(...)móvese a cabalo entre dous espacios, entre duas culturas, a urbana e a rural, que se xuntan no sincretismo que preside a cotidianidade deste adolescente galego. O paro, o walkman, o telefono, o rap, os colegas, o contacto con sexo, o ruído dos tractores, o poder da amizade, as ensoñacions do protagonista, un accidente de coche, a incomunicación, ese Algo que sam se mete, o reencontro co a aldea, a avoa...constitúen os referentes vitais dun protagonista tenro e entrañable, que camiña pola vida empuxado pelo optimismo. O Manuel Rivas de Os Comedores de Patacas é un escritor limpo, que tece a súa narrativa desde a sinxeleza, o humor, e unha inesgotable capacidade para contar con axilidade, con ritmo e con precisión. (Da contracapa de O Comedor de Patacas)

domingo, julho 16, 2006

A ESTALAGEM DE D. QUIXOTE
Puseram-lhe a mesa à porta da venda para estar mais à fresca, e trouxe-lhe o hospedeiro uma porção do mal remolhado e pior cozido bacalhau, e um pão tão negro e de tão má cara, como as armas de D. Quixote.
Pratinho para boa risota era vê-lo comer; porque, como tinha posta a celada e a viseira erguida, não podia meter nada para a boca por suas próprias mãos; e por isso uma daquelas senhoras o ajudava em tal serviço. Agora o dar-lhe de beber é que não foi possível, nem jamais o seria, se o vendeiro não furara os nós de uma cana, e, metendo-lhe na boca uma das extremidades dela, lhe não vasasse pela outra o vinho. Com tudo aquilo se conformava o sofrido fidalgo, só por se lhe não lhe cortarem os atilhos da celada.
Nisto estavam, quando à venda chegou um capador de porcos e deu sinal de si correndo a sua gaita de canas quatro ou cinco vezes; com o que se acabou de capacitar D. Quixote de que estava em algum famoso castelo, e o serviam com música, e que o abadejo eram trutas, o pão candial, as duas mulherinhas damas, e o vendeiro castelão do castelo; e com isto dava por bem empregada a sua determinação e saída.
O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de la Mancha, Miguel de Cervantes, Livro I, Capítulo II, trad. dos viscondes de Castilho e de Azevedo

sexta-feira, julho 14, 2006

Robert Kramer, Org. António Rodrigues, Cinemateca


Nouvelle Vague, Org. Luis Miguel Oliveira, Cinemateca
Textos de: François Truffaut, Jacques Rivette, Jean-Luc Godard,
Joao Mário Grilo, Manuel Cintra Ferreira...

quarta-feira, julho 12, 2006

Álbum de desenhos do pintor e poeta Luis Seoane,
um dos fundadores da Sargadelos



segunda-feira, julho 10, 2006

Livros galegos
(Edições do Castro, Col. Galicia Medieval: Estudios)



*Ilduara, una aristócrata del siglo X, M. del Carmen Pallares Méndez
*Realezas Hispánicas del Año Mil, Amancio Isla Frez

Interesa conocer la inserción de Ilduara en la sociedad de su tiempo y(...)hacer un repaso a los problemas mas sobresalientes que plantea, a la altura del siglo X, el tramo final del camino que conduce al feudalismo. La proyección del personage en su paisage, la actuacion de Ilduara en el núcleo de las relaciones de parentesco de una familia de la aristocracia y su participacion en los instrumentos de poder y de mentalizacion propios de esa clase social(...)aunque pueda parecer extraño, es que, a la altura del siglo X, las mujeres aristócratas(...)gozaron de mejores oportunidades de actuación en la sociedad que las que, después de la reforma gregoriana, de la recepción nueva del derecho romano y de la cerrazón del sistema de parentesco, les reservó el acusado dominio de los varones del feudalismo. (Excerto da badana de Ilduara, una aristócrata del siglo X)

El presente estudio trata de abaordar el tema de la realeza altomedieval hispana. Pretendemos adentrarnos en el estudio del rey, la cúpula de la conceptualización del poder en ese momento histórico(...)buscando destacar cuál era la idea que los contemporáneos tenían del rey y, por supuesto, cómo ésta podía desplegarse en la práctica de los diversos reinados, es decir, no sólo o no tanto nos preocupa la forma ideal de la monarquia, cuanto su plasmación real en el tiempo, con sus modificaciones y sus fijezas.(...)El análises de la realeza en el tiempo implica atender a muy diversos aspectos, desde la arquitectura relacionada con ella a las representaciones gráficas del poder. Hemos de incidir en la producción cultural del momento...(Realezas Hispánicas del Año Mil)




domingo, julho 09, 2006

O 294 da Rua Mouzinho da Silveira
(Rés-do-chão, 1º e 2º pisos)

A entrada e uma das montras da Galeria Sargadelos

sábado, julho 08, 2006

Exemplar autografado da 1ª ediçao galega (Xerais, 1991)
de Gigoes e Anantes, de Manuel António Pina
(Oferta do autor à Galeria Sargadelos do Porto)

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Festa na minha aldeia

Posted by Picasa
Nuas: Teresa, Cecília e Pilar, em primeiro plano
(Série limitada/2000)

quinta-feira, julho 06, 2006

Algumas peças Sargadelos



Garrafas antropomórficas desenhadas


As Bruxas ( gal. : meigas)

A libertação da Mulher, segurando uma pomba
na iminência de levantar vôo ( Série limitada/500)

Peça de Maria Luisa Tomba(Itália)

















Língua de Fora e a Rua do Ouvidor

Encontra-se patente, entre 6 de Julho e 12 de Agosto, na Galeria Sargadelos do Porto, a exposição evocativa do 160º aniversário do nascimento de “RAFAEL BORDALO PINHEIRO (1846-1905): O Artista/ O Museu/ Obra Gráfica/ Obra Cerâmica”. A referida mostra, anteriormente exposta na SPA (Sociedade Portuguesa de Autores), foi concebida pelo Museu Rafael B. Pinheiro (Lisboa).

Autodidacta, desdobrou o seu talento pelo jornalismo, a ilustraçao, a caricatura, o teatro e a cerâmica. Bordalo Pinheiro, disse um dia "tenho o curso da rua do Ouvidor...Cinco anos. Canto de Ouvido". Irmao, para quem nao se lembra, do grande pintor Columbano B. Pinheiro.

...retratos muito mais vivos, muito mais parecidos com o original do que as próprias fotografias das personagens que representam, desenhou-as ele de um só jacto na pedra litográfica ou no papel autógrafo, entre a meia-noite e as cinco horas da madrugada, em pé à banca, sob a luz crua e mordente do gás, sempre à última hora, febricitante de pressa, escorrendo suor, com a testa e o nariz manchados de preto pelas dedadas de craiao, fumando avidamente cigarretes, falando sempre, cantando, assobiando ou deitando complacentemente a língua de fora às figuras...

Ramalho Ortigao, As Farpas

http://www.museubordalopinheiro.pt



Dime, si, que hai un lugar
tralo tempo denegado;

dimo en azul,
mentres atrapas os cachotes caídos
desta barricada de pólas
de máis tronzadas.

(excerto do poema da pág. 25, de "O Raio Verde")




un máis un son dous,
tres por dous por sempre seis,
a noite precede á luz,
coitelo na dereita, trinchante na esquerda,
amor escachado nunha vida que vai así,
dentista cada seis meses,
bo día!(...)
.........................................................
fuxamos, meu amor, deste abafo que nos ata,
fuxamos deica o tempo sin tempo
.......................................................

(excerto do poema da pág. 51, de "O Raio Verde")

sábado, julho 01, 2006

O RAIO VERDE, poesia de Rosa Mendez Fonte

No dia 4 de Julho, pelas 18.30, terá lugar na Galeria Sargadelos do Porto (R. Mouzinho da Silveira, 294) a apresentação, por José Viale Moutinho, do livro de poesia O RAIO VERDE (Espiral Maior, 2005), de Rosa Méndez Fonte, natural da Galiza (Ferrol, 1957). Sob a chancela da mesma editora, Rosa Fonte publicou, em 2001, POEMAS ANOBELADOS NO TEMPO. Em 1993, o seu romance LAS HORAS GUARDAN SOMBRAS, obteve o Prémio Galiana (concelho de Toledo). Conta-se entre os finalistas do Prémio Astúrias de Romance e do Prémio Camilo José Cela, com a obra DE UN TIEMPO ATRÁS.

Segundo José Jorge Letria, no posfácio a O RAIO VERDE, “A poesia de Rosa Méndez Fonte encontra nesse assumido estado de crise a sua raiz e o seu mais intenso impulso criador. (…) “Quando tudo sorri/ eu vou morrendo/ diariamente/ se cadra, em cada entrega de sorriso/ eu vou morrendo”(…)Estes versos dão o timbre de uma intrínseca tristeza que, por vezes, tem a cadência melancólica de alguma lírica romântica, excessiva, magoada, dolorosamente confessional, que entronca na grande tradição de alguma da melhor poesia galaico-portuguesa.”

A autora, mestre em Gestão de Bens Culturais e Património, pela Universidade da Corunha, desenvolve, actualmente, um projecto de investigação na Universidade Fernando Pessoa (Porto), financiado pelo Ministério da Educação Espanhol, sobre “Porto, Património da Humanidade”, estudo sobre os habitantes da zona histórica e o desenvolvimento arquitectónico nos últimos 25 anos.

É colaboradora permanente no Diário de Ferrol com a página semanal, Património e Sociedade.

Esteve envolvida activamente em “Burla Negra”, associação de defesa da costa galega, afectada pelo desastre do Prestige.

É membro da Associação de Escritores em Língua Galega e sócia emérita da Associação Espanhola de Gestores de Património Cultural.


http://www.editoresgalegos.org/editoras/ficha.php?id=14&lang=gal

A SARGADELOS E A GALERIA SARGADELOS

A Galeria Sargadelos do Porto é a representação, em Portugal, do Grupo Sargadelos, empresa de porcelana e instituição cultural galegas. O complexo industrial data de meados do século XVIII, mas é, em finais dos anos 40, com a criação das Cerâmicas do Castro, e posteriormente, em 1963, com um projecto de recuperação da identidade e memória da Galiza, o Laboratório de Formas (graças a um grupo de pintores e intelectuais, entre eles Isaac Diaz Pardo e Luís Seoane) que nasce o actual Grupo Sargadelos.

A Galeria Sargadelos do Porto, além da comercialização de peças em porcelana, é uma Galeria de Arte e livraria, com títulos galegos e uma secção dedicada ao cinema, com obras da Cinemateca. Um dos aspectos que nos diferenciam de outros espaços similares, é aquele que, com as suas actividades, fomentará a reaproximaçao entre a Galiza e Portugal, como um espaço que, desde há séculos, possui uma cultura comum, a cultura galaico-portuguesa.