quarta-feira, maio 30, 2007

Almada Negreiros
na I Conferência Futurista,
Abril de 1917


A colaboração no Diário de Lisboa
com um desenho de Salazar
débil e acanhado, como o país.
Cartaz da exposição

A Galeria Sargadelos comemora os 90 anos do Ultimatum às Gerações Futuristas, de José de Almada Negreiros (1893-1970), com a exposição Almada na Colecção da Hemeroteca Municipal de Lisboa – Obra gráfica.

Pretende-se divulgar, junto do público, a colaboração plástica de Almada na imprensa periódica portuguesa, como ilustrador de jornais e revistas. Revisitam-se, assim, alguns dos primeiros desenhos do artista, passando depois pela colaboração no Diário de Lisboa, nas revistas modernistas, no semanário humorista Sempre Fixe, entre outros títulos, até aos últimos desenhos, alguns aparecidos postumamente. Os desenhos aqui apresentados, que vão das caricaturas às tiras humorísticas, mostram-nos por outro lado, a relação muito estreita do artista com o texto e a narrativa. Relação que nos mostra um espírito crítico e um olhar sarcástico para com os poderes instituídos e os costumes mundanos e citadinos.

Patente até 20 de Junho.

Organização: Hemeroteca Municipal de Lisboa/ C. M. de Lisboa
Coordenação: Álvaro Costa de Matos



sábado, maio 19, 2007

Spanish porcelain: shapes as language
By Dale Fuchs, International Herald Tribune

When the rest of the knickknack-loving world thinks of Spanish porcelain, pastel maidens by Lladró usually come to mind. Those sweet statuettes, forever frozen in a tender moment, have long enthralled collectors in the United States, Japan and Europe.

But when Spaniards themselves ponder the state of their national porcelain, a radically different image emerges: one of bold primary colors, geometric patterns and naïf figurines bordering on abstraction. These pieces are closer in spirit to Picasso than Cinderella. Some of them — carnival masks and protective charms — are positively ominous.

This edgy pottery bears the label Sargadelos, a name most people outside Spain would not recognize. But in the northwest region of Galicia, where the porcelain has been mass-produced since 1968, those pieces have become "the tasteful gift par excellence," as one local contemporary historian said. They mix modern attitude with nationalistic pride in this northern seafaring region, historically the poorest part of Spain.

E também em CHICAGO

sexta-feira, maio 18, 2007

INFORMAÇAO DE ÚLTIMA HORA

Presenças confirmadas de Óssip Mandelstam, Stéphane Mallarmé,William Shakespeare, Winnie-the-Pooh, Gez Walsh, Carlos Seixas e Jorge Pinto.

AMANHÃ, 19 de MAIO, NAS ÁGUASFURTADAS DA MARIQUINHAS (LISBOA). A PARTIR DAS 16 horas, na rua dos Cordoeiros, 8-10, ao Largo de Santo Antoninho, Bairro da Bica.

A dez, segundo Henrique Fialho

quinta-feira, maio 17, 2007

Distribuição de terras. Estremadura, Espanha, 1936.
Copyright © 1996, de David Seymour.

PIEDRA DEL SOL (Octávio Paz)

Madrid, 1937,
en la Plaza del Ángel las mujeres
cosían y cantaban con sus hijos,
después sonó la alarma y hubo gritos,
casas arrodilladas en el polvo,
torres hendidas, frentes esculpidas
y el huracán de los motores, fijo:
los dos se desnudaron y se amaron
por defender nuestra porción eterna,
nuestra ración de tiempo y paraíso,
tocar nuestra raíz y recobrarnos,
recobrar nuestra herencia arrebatada
por ladrones de vida hace mil siglos,
los dos se desnudaron y besaron
porque las desnudeces enlazadas
saltan el tiempo y son invulnerables,
nada las toca, vuelven al principio,
no hay tú ni yo, mañana, ayer ni nombres,
verdad de dos en sólo un cuerpo y alma,
oh ser total...
..........................................................
amar es combatir, si dos se besan
el mundo cambia, encarnan los deseos,
el pensamiento encarna, brotan las alas
en las espaldas del esclavo, el mundo
es real y tangible, el vino es vino,
el pan vuelve a saber, el agua es agua,
amar es combatir, es abrir puertas,
dejar de ser fantasma con un número
a perpetua cadena condenadopor un amo sin rostro;
el mundo cambia
si dos se miran y se reconocen,
amar es desnudarse de los nombres:
..................................................

ERRÂNCIA
Uma boa parte do que escrevi é de circunstância, e isso contribui para acentuar o carácter dispersivo daquilo que eu nunca considerei uma obra. Vejo-o mais como uma errância. Deixei-me sempre levar pelas águas do tempo. Como não tenho projectos de estátua pessoal, é-me indiferente.

Eduardo Lourenço
, Pública, 13/05/07

Quando cheguei a França o PCF era dominante no plano cultural. Mesmo o Sartre, embora tenha travado a sua guerra, sentia-se muito fascinado. Era o espírito da época. Eu sempre estive interessado nessas discussões, mas as minhas certezas em relação ao que não podia admitir nunca variaram.

Eduardo Lourenço entrevistado por Luís Miguel Queirós , Pública, 13/05/07

terça-feira, maio 15, 2007

NOVO HORÁRIO

Para responder da melhor forma aos nossos visitantes, reformulámos o horário de funcionamento da Galeria Sargadelos, que entra em vigor a partir deste sábado, dia 19 de Maio, até ao próximo mês de Setembro, inclusive.

Horário de Funcionamento:

TERÇA,QUARTA,SEXTA: 10H00-12h30/ 14h30-19h00

SÁBADO: 10H00-12h30/ 15h00-19h00;

QUINTA E DOMINGO: 15h00-19h00;

ENCERRADOS SEGUNDA-FEIRA

segunda-feira, maio 14, 2007



SÁBADO, 19 DE MAIO. A PARTIR DAS 16H00.

APRESENTAÇÃO DA REVISTA "AGUASFURTADAS" 10, EM LISBOA.

NA LIVRARIA DA MARIQUINHAS.
Rua dos Cordoeiros, 8-10, ao Largo de Santo Antoninho, Bairro da Bica.


Surpresas várias, bolos grátis e vinho a copo*.


* Oferta limitada ao stock existente.

segunda-feira, maio 07, 2007

ESCREVER...MORDER...MORRER
Tinha, na caixa do email, este enorme poema do A.Pedro Ribeiro. Talvez se encontre entre os melhores que já li dele. Deixo aqui uma parte substancial do mesmo. Podem ler o resto, se clicarem no nome do poeta, acima.


A ILIADA NO VELVET
À Liliana

Não sou menos do que em Agosto
mas as meninas já não vêm

volto ao bar escuro
quase sem cheta
como nos anos 90
em Braga
o estrelato quase à porta
e a cidade não me dá nada
não se passa absolutamente nada

Não sou menos do que Augusto
mas à minha volta só vejo
gajos, putos e mulheres tomadas
a cidade está deserta

às vezes parece renascer
com o balançar das tuas ancas
...............................
ao que parece,
nada se vai passar até às 6,
......................................
só putos e tédio
não há rock nada rola
e a menina bonita não está
não vai estar mais

deveria ter ido para casa-
dizem a moral e o bom senso
só aparecem putos e mais putos
e eu escrevo
......................................
é o rocker no meio do nada
..........................................
é o rock e a derrocada...
............................................
escrever...morder...morrer...

António Pedro Ribeiro

sexta-feira, maio 04, 2007

PRIMEIRAS EDIÇÕES DE AL BERTO, ALBERTO PIMENTA, ANTÓNIO RAMOS ROSA E FIAMA HASSE P. BRANDÃO. AQUI